Há quem os considere "uma vergonha" e uma má imagem para Portugal levar ao país de Angela Merkel, mas, sobretudo, há quem os apelide de "a voz do povo". A vitória dos "Homens da Luta" no Festival da Canção da RTP gerou discórdia nas redes sociais.
Na página dos humoristas multiplicam-se os comentários e as sugestões: pede-se que a música seja traduzida para várias línguas para que todos percebam a mensagem.
Também o eurodeputado Miguel Portas manifestou a sua opinião no Facebook. "Nem música nem letra são por aí além. E depois? Não é quase sempre assim no Festival da Canção?", diz. "A novidade é outra: um povo inconformado e bem disposto deu à 'luta' os votos que lhe faltaram no júri. Boa!".
No Facebook já surgiu também a "Petição contra Homens da Luta na Eurovisão", rapidamente contraposta com a "Petição contra a Petição contra os Homens da Luta na Eurovisão", que já contava com mais de 4000 apoiantes.
A letra fala da crise que o país atravessa e a música aproxima-se das velhinhas canções de protesto. "A luta é alegria" somou 18 pontos (seis atribuídos pelos júris distritais mais doze dos televotos), superando por apenas um ponto a segunda classificada "São os barcos de Lisboa", interpretada por Nuno Norte e a eleita pelo júri nacional.
A vitória dos Homens da Luta, desagradou o público do Teatro Camões que assistia ao 47º Festival da Canção. Metade da audiência abandonou o local ainda antes do fim do evento, e as palmas deram lugar aos assobios.
Os Homens da Luta que há algum tempo fazem parte do panorama mediático português com o programa da SIC Radical, "Vai tudo Abaixo", já tinham concorrido o ano passado ao Festival da Canção com o tema "Luta assim não dá" que, por não ser inédito e violar o regulamento do concurso, foi desclassificado.
Sobem ao palco do Festival da Eurovisão em Düsseldorf a 10 de Maio, a primeira das duas semi-finais.
Fonte:JN
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