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13/12/10

WikiLeaks: EUA acusam Berlusconi de querer controlar conteúdos na Internet

O embaixador norte-americano em Roma, David Thorne, enviou uma mensagem para Washington em que acusa o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, de querer censurar os conteúdos na Internet e o serviço pago de televisão.
Berlusconi é acusado pelo embaixador dos EUA de querer promover a censura (Max Rossi/Reuters)


O documento em que são feitas as acusações foi divulgado pela WikiLeaks e agora reproduzido pelo diário espanhol “El País”. Nessa mensagem, com data de 3 de Fevereiro de 2010, David Thorne considera que uma proposta legislativa do Governo italiano, conhecida por lei Romani – a qual entrou em vigor em Março e regula o uso da Internet e do serviço pago de televisão em Itália – “dará margem para bloquear e censurar qualquer conteúdo” e “favorecerá as empresas de Berlusconi em relação aos concorrentes”.
Thorne também considera “infame” um projecto que terá sido preparado pelo Executivo de Berlusconi, há alguns meses, e que pretendia obrigar os autores de blogues a ter carteira profissional de jornalista, adianta o “El País”. Mas o alvo principal das críticas é a lei Romani, preparada por Paolo Romani, que era então vice-ministro das Comunicações e que é actualmente ministro do Desenvolvimento Económico.
O embaixador dos EUA em Roma considerou na altura que se a lei avançasse tal como foi concebida representaria “um precedente para que países como a China a copiassem ou apresentassem como justificação para os seus ataques à liberdade de expressão”. Thorne acrescenta ainda que não confia nas promessas do Governo italiano, segundo as quais a lei apenas pretende proteger os direitos de autor, combater a pirataria e transpor uma directiva europeia que harmoniza a regulação dos meios de informação.
Para o diplomata norte-americano, e de acordo com a mensagem citada pelo “El País”, “a lei parece ter sido escrita para deixar o caminho livre ao Governo para censurar e bloquear qualquer conteúdo na Internet se o considerar difamatório ou promotor de actividades criminosas”. O embaixador dos EUA informou Washington de que a proposta “criaria as bases para promover acções legais contra organizações de meios de comunicação que entrem em competição política ou comercial contra membros do Governo”.
Dois meses antes de enviar esta mensagem, o embaixador dos EUA almoçou com o primeiro-ministro italiano em Milão e perguntou-lhe a sua opinião sobre a Internet. “Respondeu que é importante para a liberdade. Mas sente também que fazem falta controlos mais finos para prevenir o uso extremista das novas tecnologias”.
Fonte: Público
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