O homem por detrás do site WikiLeaks, Julian Assange, disse hoje numa entrevista publicada no jornal “The Sunday Times” que assinou acordos no valor de 1,2 milhões de euros (um milhão de libras) para escrever a sua auto-biografia.
A recente divulgação de milhares de mensagens de diplomatas norte-americanos projectou
o site Wikileaks e Julian Assange para a fama internacional (Paul Hackett/Reuters)
Assange disse ao jornal que esse dinheiro irá servir para se defender perante a justiça contra as alegações de crimes sexuais apresentados por duas mulheres suecas.
“Não quero escrever este livro, mas tenho que o fazer”. “Já gastei 235 mil euros em custas legais e preciso de me defender e de manter o Wikileaks em funcionamento”, disse o australiano.
Assange especificou que irá receber 600 mil euros da editora americana Alfred A. Knopf e 380 mil euros da editora britânica Canongate. O dinheiro que lhe chegará de outros mercados editoriais deverá fazer com que a soma total ascenda aos 1,2 milhões de euros.
A recente divulgação de milhares de mensagens de diplomatas norte-americanos - num escândalo conhecido como Cablegate - projectou o site Wikileaks e Julian Assange para a fama internacional.
Assange, que está em liberdade sob fiança e que combate a sua extradição para a Suécia na sequência das alegações de crimes sexuais cometidos contra duas cidadãs, tem assumido algumas dificuldades em financiar o site Wikileaks.
Empresas como a Visa, a MasterCard e a PayPal bloquearam as suas doações à WikiLeaks, o que levou a que Assange as classificasse de “instrumentos da política diplomática norte-americana”.
O Bank of America, o maior banco norte-americano, também suspendeu todas as transferências monetárias para a Wikileaks.
Washington endureceu o tom contra o Wikileaks depois do site ter divulgado cerca de 250 mil mensagens secretas do Departamento de Estado dos EUA e a nação estuda a hipótese de processar Assange pela exposição.
Assange tem permanecido na casa de um amigo, no leste de Inglaterra, desde que foi libertado da prisão - sob fiança - no dia 16 de Dezembro. O australiano tem o dever de se apresentar todos os dias perante a Polícia e deverá usar um dispositivo electrónico de geo-localização.
Fonte: Público
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