O plano do pastor evangélico norte-americano de queimar o Alcorão no aniversário do 11 de Setembro continua a suscitar reacções de vários países numa altura em que Terry Jones diz estar repensar a sua posição, depois de ter dito que não ia avançar com a polémica iniciativa.
O pastor disse na quinta-feira que renunciou à ideia em troca da mudança do local da construção de uma mesquita e de um centro cultural islâmico prevista para perto do Ground Zero, sítio onde estavam as Torres Gémeas, que caíram em resultado dos atentados.
Mas este acordo já foi desmentido, tanto por um imã local, como pelo próprio imã nova-iorquino, que afirmou, na CNN, que qualquer mudança de local seria vista no mundo muçulmano como uma cedência aos radicais e um ataque ao islão.
Na sequência deste desmentido, Terry Jones disse estar a "repensar" a sua posição e mostrou-se "muito desapontado" com o desmentido do acordo.
Entretanto, continuam a surgir reacções críticas ao plano do pastor evangélico de queimar no sábado um exemplar do Alcorão como forma de assinalar o nono aniversário dos ataques terroristas de 11 de Setembro nos Estados Unidos.
O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, disse hoje que o pastor "não deveria sequer pensar" em queimar o Alcorão.
"Soubemos que nos Estados Unidos, um pastor decidiu insultar o Alcorão. Agora soubemos que afinal não o irá fazer, nós dizemos que nem sequer deveria pensar nisso", disse Hamid Karzaï.
O presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, advertiu, por seu lado, que a queima do Alcorão representa uma ameaça à paz e à estabilidade mundial.
Num discurso televisivo para assinalar o fim do Ramadão, Yudhoyono disse que a intenção de Terry Jones "é uma ameaça à paz e segurança internacional e põe em perigo a harmonia entre religiões".
Segundo o presidente indonésio, o plano do pastor "é contrário ao sentimento comum e aos valores morais" e advertiu que "pode incitar a violência e represálias que causem muitas vítimas".
Yudhoyono tinha enviado na quinta-feira uma carta ao presidente norte-americano Barack Obama, pedindo a sua intervenção para impedir a queima do Alcorão.
Fonte:JN
"That risk of violence seemed to be rising, as large protests against Mr. Jones were staged over the past week in Kabul, Afghanistan, and Jakarta, Indonesia. It led the Obama administration to work furiously to end Mr. Jones’s plans.
On Thursday, F.B.I. officials met with Mr. Jones, and even Mr. Obama waded into the fray, sharply criticizing what he called a “stunt” that would be a “recruitment bonanza forAl Qaeda.”
“I just hope he understands that what he’s proposing to do is completely contrary to our values as Americans,” Mr. Obama said on ABC’s “Good Morning America.” He added that it could “greatly endanger our young men and women in uniform who are in Iraq, who are in Afghanistan.”"
In: NYT
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