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27/07/09

Bebés em "reality show"

Formato da RTL que coloca adolescentes numa casa a cuidar de crianças gera controvérsia

A opinião pública alemã está incendiada. Motivo? Um "reality show" da RTL cuja premissa assenta em fechar adolescentes numa casa, ao estilo do "Big Brother", com o ingrediente extra de os pôr a tomar conta de bebés.

Trata-se, autenticamente, de brincar aos pais e às mães. A diferença é que em vez de nenucos, são recém-nascidos verdadeiros, bem como crianças de tenra idade que são colocados aos cuidados de jovens e, tudo isto, perante holofotes "voyeuristas", não fossem estar confinados a uns quantos metros quadrados, sob vigilância de câmaras, é certo, mas com as imagens a serem exibidas no pequeno ecrã, na Alemanha, através da estação privada RTL.

O programa já mereceu a interposição de uma providência cautelar por parte de várias instituições, no sentido de o boicotarem. Porém, a tentativa de embargo não foi bem sucedida, pelo que o formato está no ar. A indignação pulverizou-se e está instalada naquele país. Releve-se que o original é britânico e também lá gerou celeuma que se contagiou, posteriormente, nos Estados Unidos, quando foi importado para lá.

Naturalmente, que para a dinâmica se processar os progenitores dos petizes que são sujeitos a tal exposição televisiva, com a agravente de poderem vir a ser negligenciados pelos aprendizes a pais, têm de conceder a sua autorização. Mas como é evidente, ninguém pergunta aos bebés qual a sua opinião. Esta ideia é justamente frisada pelo psicólogo e dirigente da SOS Criança, Manuel Coutinho, a quem causa "estranheza" o facto de o juíz não ter atendido aos protestos generalizados, ainda que seja "um ser humano falível, como outro qualquer", refutando o argumento do canal face ao pendor voluntarioso de que se reveste a decisão dos pais. O especialista assinala "que quase tudo pode ser permitido, mas nem tudo deve ser tolerado", até porque, a criança ao oitavo mês tem o que na terminologia psicoterapeutica se denomina angústia do estranho". Ou seja, "a separação dos progenitores é nefasta do ponto de vista da etapa securizante que tem de ser vencidas"

Quanto a outra justificação ventilada pelo canal, que alega a prevenção da maternidade e paternidade precoce como o principal propósito de "reality show", Manuel Coutinho fala em "intervenção pelo absurdo", e acrescenta: "Não se devem ensaiar experiências que são deveras penalizadoras para o desenvolvimento harmonioso da personalidade dos mais novos". É a vinculação parental que está em causa, ainda que "estejamos diante de situações pontuais", reforça.

Tanto a BBC, estação pública britânica na qual o programa foi transmitido subordinado ao nome ""The baby borrowers", e que, aliás, o rentabilizou atrvés de conteúdos dele derivados, como a norte-americana NBC, que analogamente o exibiu, foram alvo de duras críticas.

Fonte:JN

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